Tudo que você precisa saber sobre Endodontia
Nossos Especialistas em Endodontia (Endodontista / Endodontistas) realizam tratamentos em sessão única, quando o caso permite, utilizando aparelho rotatório, (aparelho específico motorizado que simula e multiplica a ação manual de limpeza intracanal).
Tratamento endodôntico em sessão única
Endo significa “dentro/interno”, e dontia “dente”. Portanto, a endodontia é a parte da odontologia que visa tratar o dente internamente com alguma enfermidade, buscando a cura de lesões e doenças da polpa (o nervo). É mais popularmente conhecido como tratamento de canal.
Por que tratar o canal?
As causas mais comuns de necrose pulpar são fratura dentária ou cárie profunda. Esses dois problemas podem permitir que bactérias entrem na polpa, causando uma infecção dentro do dente.
Como é realizado o tratamento?
O primeiro passo é a remoção da polpa, aplicando-se anestesia local. É feita uma abertura na coroa do dente para acessar o tecido pulpar e com um instrumento específico o remover. Essa remoção é devida a contaminação dessa polpa dentária.
O espaço onde a polpa se encontrava e os canais que ficam nas raízes são esvaziados, alargados, irrigados e desinfeccionados para seu preenchimento com material obturador em forma de cone específico, selando o conduto.
O preparo químico-mecânico do canal radicular é a etapa que demanda mais tempo. O tratamento endodôntico, quando realizado manualmente, é feito em várias etapas e, na maioria das vezes, são necessárias mais de uma visita ao cirurgião dentista. São utilizadas pequenas limas (agulhas) que devem ser inseridas uma a uma para a limpeza e modelagem do canal. Na endodontia MECANIZADA, é utilizado um aparelho específico motorizado que simula e multiplica a ação manual de limpeza intracanal. São utilizadas limas rotatórias e recíprocas que facilitam e aceleram esta fase do tratamento. Sendo assim, os casos podem ser solucionados em menor tempo ou, até mesmo, em uma única sessão.
Quais os cuidados após um tratamento de canal?
O tratamento de canal possui 90% de índice de sucesso. Dentes tratados podem durar uma vida, com os devidos cuidados.
O primeiro deles é restaurar o dente o mais breve possível. Outro cuidado é visitar o dentista a cada 6 meses para realizar uma nova radiografia. Lesões nas raízes ocasionadas por bactérias devem ter controle radiográfico até seu desaparecimento.
Em caso de fratura da restauração, deve-se procurar o dentista rapidamente para que não haja comprometimento e recontaminação da endodontia já realizada.
“Se você tem qualquer estímulo, como sensibilidade e dor em qualquer elemento dentário consultem um Cirurgião Dentista de sua confiança”
Quais são os sinais e sintomas que indicam a necessidade do tratamento de canal?
1. Dor de dente que pode durar horas.
2. Sensibilidade a temperaturas quentes e frias.
3. Dor pulsátil.
4. Sensibilidade ao mastigar.
5. Dor irradiada para outros dentes.
Toda dor de dente indica o tratamento de canal?
Não. Uma pulpite (a inflamação da polpa), popularmente conhecida como dor de dente, pode ser classificada como reversível e irreversível. A pulpite reversível é caracterizada por uma dor de duração curta que se dissipa após a remoção do estímulo. Ela também é caracterizada por sensibilidade apenas a temperaturas frias e pode ser considerada uma dor localizada. Esse tipo de dor diminui quando removido o agente agressor, no caso a cárie. Portanto esses casos não necessitam do tratamento. Se a pulpite reversível não for tratada, pode evoluir para uma pulpite irreversível e para este caso o tratamento é indicado.
Quando é necessário realizar o tratamento de canal?
O tratamento de canal torna-se necessário quando o tecido pulpar do dente é contaminado pela cárie dentária, causando a entrada de bactérias na câmara pulpar. Bactérias e os seus subprodutos causam um processo irritativo e inflamatório do dente, resultando inicialmente numa sensibilidade e eventualmente em dor de dente. Esta infecção do canal radicular pode causar:
- Inchaço que pode se espalhar para outras áreas do rosto, pescoço ou cabeça;
Reabsorção óssea em torno do ápice radicular;
- Abscesso com pontos de drenagem entre a gengiva e o dente, por meio de um rompimento da gengiva, e drenagem pela derme da face.
Para prevenir o aumento progressivo da dor, os demais sinais e sintomas citados, e a necrose total da polpa dentária, recomenda-se realizar o tratamento antes do aparecimento desses sinais e sintomas, tanto pelo bem estar do paciente como pelo índice de sucesso de tratamento. Quanto maior a infecção da polpa dentária e quanto mais demorada for a procura pelo profissional, o prognóstico do dente torna-se menos favorável, ou seja, as chances de sucesso e sobrevida do dente são menores.
Em quantas sessões é feito o tratamento de canal?
O número de sessões para o tratamento de canal depende do estado do dente. Se o dente não estiver infectado, uma sessão de tratamento é suficiente. Em casos de infecções maiores, duas ou mais sessões podem ser necessárias para promover uma boa limpeza e descontaminação da câmara pulpar.
Quais são as possíveis complicações de um tratamento de canal?
- Falha na localização de todos os canais radiculares presentes. Canais não instrumentados e limpos corretamente comprometem a sanificação, ou seja, a limpeza por completo da polpa dentária, o que pode ocasionar a remissão dos sinais e sintomas da inflamação pulpar.
- Fraturas verticais da raiz, impossibilitando a reparação completa do dente.
- Restaurações temporárias (entre uma sessão e outra) ou até mesmo definitivas mal adaptadas, deficientes ou inadequadas resultam em infiltração e recontaminação do interior do dente.
- Fratura do instrumento de preparo e modelação do conduto radicular, dificultando ou impossibilitando a sanificação completa do dente.
- Anatomia, isso é, a forma da raiz, que dificulta um tratamento ideal
E se o tratamento de canal não for realizado?
Se o tratamento de canal não for realizado, a necrose da polpa pode se estender para a região do periápice, região além da ponta da raiz do dente, podendo ocasionar reabsorção óssea, formação de granulomas e cistos, além de afetar outros dentes adjacentes. Consequências mais graves, como uma bacteremia – presença de bactérias na corrente sanguínea – também podem ocorrer.
Após o tratamento de canal, o dente precisa de cuidados especiais?
Dentes nos quais foi realizado um tratamento de canal devem ser restaurados de forma definitiva imediatamente para evitar nova contaminação do seu interior. Nas restaurações podem ser usadas desde resinas compostas a restaurações metálicas fundidas, ou ser feito recobrimento total do dente com uma prótese dentária.
O tratamento de canal é um tratamento com bom índice de sucesso?
Um tratamento de canal bem realizado tem um índice de sucesso de mais de 95%. Retratamentos apresentam um índice de sucesso de até 85%. Novas tentativas, além do retratamento, estão em torno de 67%. No entanto, essas porcentagens dependem de vários fatores, incluindo a vitalidade do dente, a presença de bactérias, a extensão de destruição e infecção e a habilidade do profissional. Em geral, o tratamento apresenta um bom prognóstico.
Existe alternativa para o tratamento endodôntico?
A remoção do dente é a única alternativa ao tratamento endodôntico. Embora pareça uma solução simples, o vazio deixado na arcada dentária causará problemas estéticos, de mastigação e fala, e ainda pode haver movimentação dos dentes próximos a essa falha. Esses problemas exigirão uso de implantes, próteses, entre outros.
Por que, em alguns casos, deve ser feito um retratamento endodôntico?
O retratamento endodôntico é realizado nos casos em que o primeiro tratamento endodôntico não teve sucesso. O insucesso nesses casos pode ser pela falha na localização de todos os canais radiculares presentes. Canais não instrumentados e limpos certamente comprometem a sanificação, ou seja, a limpeza por completo da polpa dentária, o que pode resultar na remissão dos sinais e nos sintomas da inflamação pulpar. Outro motivo que torna necessário o retratamento endodôntico é a qualidade da obturação do canal radicular. A obturação é considerada a etapa final de fechamento dos condutos radiculares. Canais com uma obturação aquém da desejável podem levar a uma nova contaminação do canal radicular, ocasionando lesões na região do ápice radicular.